quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Proza Poética de Ofelia Prodan

Alguns dados sobre a primeira poeta e o meu primeiro encontro em Mogosoaia Ofelia Prodan:
  • nasceu em Urziceni em 1976
  • estreou-se em 2007 com o volume O Elefante do Meu Pátio
  • ganhou os prémios Revelação da Associação de Escritores de Bucuresti, Mihai Eminescu, Euridice, Revelação da Revista "Luceafãrul", Octavian Goja e o prémio Especial do júri do Festival Nacional George Cosbuc.
 E uma das suas prosas curtas do seu novo livro In Trei Zile Lumea Va Fi Devorata, espero que apreciem

Bătrâna

o bătrână stă ghemuită pe treptele unui bloc şi cerşeşte. mâna ei este foarte lungă şi zbârcită. a strâns deja nişte bănuţi. câteodată îi zornăie şi atunci îşi apleacă urechea şi închide ochii, de parcă zornăitul acela ar fi cea mai frumoasă muzică. mă scotocesc prin buzunare şi găsesc o monedă. vreau s-o pun în palma bătrânei, dar bătrâna îşi retrage palma, râde şi-mi spune cu gura ei ştirbă: credeai că te las să faci azi o faptă bună? mă scutur de uimire şi rămân stană de piatră, în timp ce bătrâna se ridică sprintenă ca o fetiţă de pe treptele blocului şi pleacă ţopăind într-un picior, zornăind bănuţii la ureche.
Ofelia Prodan

A Velha

Está uma velha mendiga encolhida nos degraus de um prédio. A mão dela é comprida e enrugada. Conseguiu juntar algumas moedinhas. Às vezes tinem e nessa altura inclina a cabeça e fecha os olhos, como se aquele tinir fosse a mais bela melodia. Ao procurar no blusão encontro uma moeda. Quis pô-la na mão da velha mas fechou a palma da mão, ri-se e com a sua boca desdentada diz-me: achas que te vou deixar fazeres a boa acção do dia? Recomponho-me do espanto e permaneço petrificada enquanto a velha se levanta dos degraus agilmente, como uma menina, e se vai embora saltitando com um pé, tinindo as moedas aos ouvidos.

tradução feita por mim


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