domingo, 14 de novembro de 2010

A Princesa Aborrecida e o Dragão que Gostava de Chá

Este é um pequeno fragmento de uma história de literatura infantil de Alina Darian que como a própria autora nos diz: é uma história para todos os dragões que tomam conta das princesas encantadas, sendo eles irmãos, pais, avós ou amantes…






O dito Fragmento:

Hum? Acreditam que viveram felizes para sempre? No início a Princesa era feliz, podia passear e ver o mundo mas quando estava presa na torre do mundo era diferente, tornou-se muito mais aborrecida e mais chata quando lia… Mas o cavaleiro era bonito e estava cheio de boas intenções porém perdia muito tempo com o exercício físico, a equitação e a arte de lutar. Enquanto isso a Princesa viajava no mundo dos livros e nos olhos do Dragão por dez mundos mais maravilhosos do que este.

Passado algum tempo a Princesa desleixou-se e tornou-se de novo pálida. Nem conseguia inventar histórias fantásticas como fazia antigamente. Tentava mas o cavaleiro não ligava às histórias. Era tão bom que nem percebia que as histórias eram feitas para o espantar. A Princesa tinha saudades da torre mas principalmente do Dragão que suportava todas as ideias da Princesa com ternura e humor.
Um dia a Princesa agarrou no seu cavalo, deixou um bilhete ao cavaleiro e partiu. Procurou a Fada do Meio-Dia para tentar descobrir qual seria a próxima missão do Dragão. A Princesa sabia o que tinha de fazer: vestiu-se com roupas de rapaz para se parecer com o cavaleiro e para lutar com o Dragão. Apenas assim poderia libertar o Dragão da sua missão e encontrar um castelo abandonado onde continuaria as suas viagens imaginárias e onde inventaria novos jogos. Ainda não tinha um plano muito claro mas sabia que o Dragão tinha sempre boas ideias. Sendo assim tinha de o encontrar…

Nessa altura o Dragão foi de Férias para uma praia desértica onde costumava pescar quando era criança. Era uma praia com palmeiras. Nem uma nuvem pairava no céu apenas se viam ao longe. Esticado num cadeirão o Dragão deixava-se embalar com os sons dos vales e dos gritos dos pescadores.
 - Que bem que sabe estar ao sol, sossegado… Depois de uma missão difícil como esta também mereço umas férias de 300 anos… Enfim uma sesta descansada… O céu sereno e limpo… Sem tempestades, sem trovões, sem relâmpagos…

Mal sabia o que o esperava…

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